domingo, 22 de julho de 2012

Valseta


Tu vens e
A realidade é que molhar a minha boca
Suada da tua
Não foi de grande eficácia

Depois sem calor
Te despedes de mim
Só mais uma vez
Pra não falar uma terceira

Tento gastar de toda uma liberdade
Em um dia só
Sem lágrimas póstumas de desalento
Só com a aflição da certeza plena

Depois
Vem tua lânguida face
Vem se espreguiçar em cima de mim
Cobrando o meu afago de sempre

E se enganando ao saber que
Tens a mim o monopólio
Eterna bailarina do teu vai e vem
Mas tu vacilas atento aos meus sinais   


                 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Ler um conto


    Ler um conto e se sentir em uma vida, sem pressa para voltar, com um destino já traçado, mas indeciso. Irredutível. Sair dele e virar a página para prontamente começar o outro é quase castigo físico.

    Uma vida não se larga assim tão depressa. Nem o tempo se faz sem pausa. Nem Deus o faz.